terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Concelho de Serpa


7830-370 Serpa
Telefone
284549180

Fax
284549187

E-Mail

Junta de Freguesia

União de Freguesias de Salvador e Santa Maria

Atendimento Público

Secretaria

09.00 – 13.00 horas e 14.00 – 18.00 horas

Presidente
Horário da Secretaria

Morada

Rua Ramon Nonato de la Féria, n.º 65


Serpa e a reconquista cristã (História)


Em 1281, quando Serpa e todas as terras da Margem Esquerda do Guadiana estavam ainda sob domínio de Castela, Afonso X estabeleceu a demarcação do concelho, para melhor se povoar, e atribuiu-lhe o primeiro foral, o de Sevilha.
Ao fim de um século de peripécias militares e diplomáticas, com a Reconquista cristã do Alentejo, Serpa recebe de D. Dinis, em 1295, nova carta de foral.
Do ponto de vista económico, as disposições do documento indicam que a pastorícia e a agricultura eram as actividades fundamentais. Quanto ao comércio, era o pão e o vinho, os panos de lã e linho, o pescado... e o mouro vendido em mercado.
O foral dionisino revela ainda uma sociedade em reorganização, onde é grande a tensão social e política. Vejam-se as penas que oneravam as violações, o roubo de objetos e de terras e até as dificuldades na travessia de barco do Guadiana, de uma para a outra margem.
Na base social, sem direitos políticos, ficavam os mesquinhos, os mancebos, os solarengos e escravos. Os diferentes níveis sociais não eram, evidentemente, estanques e regista-se mesmo uma intensa mobilidade social. 
Do ponto de vista da organização administrativa e judicial, o concelho era dirigido por dois juizes, eleitos na assembleia dos vizinhos, sendo depois a eleição ratificada pelo rei. Mas uma disposição do foral proíbe que o gentile, ou seja, o estrangeiro ou pagão, possa exercer o cargo.
Em 1513, Serpa recebe foral de D. Manuel que, antes de ser rei, tinha sido senhor de Serpa.
A leitura do foral manuelino sugere que Serpa era, no início do século XVI, um povoado florescente onde persistia a pastorícia como actividade de grande relevância mas em que o artesanato e a atividade comercial atingem um alto desenvolvimento.
Serpa era, no século de D. Manuel, um dos mais importantes portos secos do reino.



Serpa apresentava-se, na centúria de Quinhentos, como uma das mais importantes vilas do Alentejo e do próprio reino, cujo desenvolvimento assentava na agricultura dos cereais e do gado mas também no artesanato poderoso, voltado para o comércio, e numa aliança muito estreita com o rei.
No século seguinte, Serpa quase duplica a sua população, o que está de acordo com a evolução geral do país.
Em 1674, o príncipe regente, futuro rei D. Pedro II, confere à vila o título e os privilégios de "Vila Notável", justificados pelo número de moradores – mais de mil e quinhentos -, pela nobreza das gentes, saindo dela muitos homens insignes, tanto nas letras como nas armas, e pela posição militar estratégica que ocupava, junto à linha de fronteira, em ocasiões de guerra.
Esta última situação, aliás, fez com que o concelho fosse particularmente afectado pela insegurança e as destruições provocadas progressivamente pelas guerras da Restauração de 1640/48, a guerra da Sucessão de Espanha, entre 1703 e 1713, e as invasões napoleónicas, em 1801 e 1814.
O antigo regime económico mantém-se e com ele as desigualdades sociais. As terras férteis do concelho estão nas mãos dos grandes proprietários, que controlam a vida municipal, e constitui-se uma massa crescente de camponeses sujeitos a crises cíclicas de trabalho e a uma situação de subsistência miserável.
Desequilibraram o frágil sistema produtivo baseado na complementaridade da pecuária com as atividades recoletoras e com o cultivo intenso das hortas e não resolveram o problema de uma economia que servia os interesses de quem vivia fora do Alentejo. Talvez resida aqui a verdadeira dimensão do isolamento que afecta a região.

Património Monumental


Igreja do Salvador











Cerca Urbana de Serpa









Igreja de Santa Maria










Aqueduto

Sem comentários:

Enviar um comentário